Ontem foi noite de jantar de aniversário de uns amigos e a escolha para a comemoração foi o restaurante Oliva no Parque das Nações. O restaurante Oliva faz parte de uma cadeia explorada pela Jerónimo Martins (sim, o grupo empresarial do Pingo Doce/Feira Nova), é um conceito de inspiração mediterrânica, que além dos típicos pratos italianos tem também cuscuz (infelizmente o menu não avança para além disso).
Fica localizado na Av. dos Oceanos (a dos vulcões de água), no lote 1.06.1.3, como o sistema de numeração da zona é diferente do utilizado no resto no mundo fica a indicação que é mesmo a seguir ao Pav. Atlântico no sentido Lisboa-Sacavém. O Oliva, aliás como a própria zona em que está integrado, é agradável e desafogado, com uma decoração em tons claros e verdes género cantina. Aparentemente durante o dia funciona com tabuleiros no sistema cantina e à noite tem um serviço mais elaborado. Junto à entrada tem um bar que permite usufruir de uma bebida ou um cocktail mais elaborado enquanto se espera que o resto do grupo chegue.
Já com toda a gente agrupada e sentada, na mesa os típicos gressinos, e um pão de alho sem sabor. Escolhemos Risotto Rosso e Cuscuz Oliva, para entrada Bruschettas e para empurrar a sangria. Passado um pouco lá chegaram as Bruschettas, e dentro da mesma linha do pão de alho, muito fraco, não vamos dizer que foi a pior Bruschetta que comemos na vida porque simplesmente não era uma Bruschetta, o pão (mini cacete de supermercado) já de si desadequado, então cortado ao meio é tudo menos uma fatia onde assentam os ingredientes, azeite e manjericão nem cheirar, queijo derretido!? enfim, o resultado final é sem sabor e não tem nada a ver com Bruschetta…. avançando para os pratos principais,a tendência foi a mesma, muito fraco (pelo menos segue uma linha coerente). O Risotto mais não era que um arroz de tomate empapado com miolo de camarão congelado, faz parecer o Risotto do Lidl um manjar dos deuses… o cuscuz extremamente seco, não fosse o ananás assado e o caril, seria praticamente intragável porque o pouco frango não tinha molho nenhum. Vimos também pizzas industriais congeladas a serem servidas queimadas, e outros atentados à deliciosa e saudável cozinha mediterrânica. Salvou-se a sangria e as caipirinhas bastante aceitáveis.
Relativamente ao atendimento, apenas temos de referir uma falha no serviço (que de resto foi impecável), um desfasamento muito grande na entrega, visto que já tinha acabado o Risotto quando finalmente chegou o Cuscuz… já o preço ficou em 15 euros por pessoa, que hoje em dia em termos absolutos é um valor muito razoável, mas que em termos de custo benefício, considerando a fraca qualidade geral não é assim tão apelativo.
Em conclusão, valeu sobretudo pelo convivio com os amigos e pelas bebidas. O grupo Jerónimo Martins demonstra que nesta aventura na restauração ainda tem um longo caminho a percorrer e necessita de melhorar urgentemente a qualidade do produto. Por enquanto, ali na zona do Parque das Nações este é um espaço a evitar visto existerem outras alternativas muito superiores dentro do mesmo tipo de gastronomia.
Custo: 15 euros por pessoa (com sangria)
Comida: mau demais
Atendimento: simpático e eficiente excepto na entrega desfazada dos pratos
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